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Narcisistas na igreja? Como identificá-los?

Alertas de Scot Mcknight e Laura Barringer, autores do livro Uma igreja chamada tov, para você saber como proteger a si e a outros de lideranças tóxicas 

Recentemente, a Mundo Cristão lançou o livro Uma igreja chamada tov, escrito por Scot Mcknight e Laura Barringer. A obra tem o objetivo de munir os cristãos com informações, alertas e orientações para que identifiquem sinais de uma cultura tóxica e saibam como agir, resistindo a abusos de poder. 

Dedicado aos “feridos que não desistiram”, o livro traz uma investigação de elevada importância para a igreja de Cristo, que coloca em foco lamentáveis escândalos que vêm acometendo tantas igrejas nos últimos anos. 

Diferentemente de abordagens fundamentadas na polêmica e no denuncismo, Uma igreja chamada tov trata-se de um autoexame, num convite à essência, à obediência e à defesa do que é correto e verdadeiro, promovendo a restauração, a segurança e o crescimento espiritual de todos.

Dentre os primeiros sinais de alerta da formação de uma cultura tóxica na igreja, Scot e Laura sinalizam o comportamento narcisista, perfil infelizmente comum sobretudo nos púlpitos de comunidades em que não há uma sólida prática de prestação de contas. Compilamos algumas das marcas do comportamento narcisista apontadas pelos autores¹: 

O transtorno de personalidade narcisista é marcado por uma percepção exagerada de si:  

  • É um transtorno mental em que as pessoas têm percepção exagerada de sua própria importância, necessidade excessiva de atenção e admiração, relacionamentos conturbados e falta de empatia por outros. 
  • Embora os narcisistas pareçam extremamente seguros de si, por trás dessa máscara se encontra uma autoestima frágil e vulnerável às mais tênues críticas.  

O narcisista é atraído pelo topo da torre de liderança: 

  • Por algum motivo, às vezes a liderança da igreja parece atrair narcisistas aos quais sobra egoísmo e falta empatia. Quer os narcisistas simplesmente acabem chegando ao topo (o que deve ser o caso em alguma medida), quer o topo da torre de liderança atraia narcisistas (o que também deve ser o caso em alguma medida), um número excessivo de igrejas tem narcisistas na liderança. E eles são, em sua maior parte, do sexo masculino. 

Necessidade de se sentir superior: 

  • Embora o narcisista talvez tenha aquilo que costuma ser chamado “personalidade forte”, essa aparente força muitas vezes disfarça insegurança e profunda necessidade de se sentir superior e bem-sucedido.

Tem preferência por estruturas em que não há prestação de contas:  

  • Para o narcisista, tudo é uma questão de controle. Por isso, pastores narcisistas de igrejas grandes e pequenas têm a tendência de se sentir atraídos por igrejas não denominacionais ou desprovidas de estruturas eclesiásticas de prestação de contas. […]. Igrejas independentes são especialmente propícias para líderes que não desejam ser supervisionados nem responsabilizados por sua conduta. 

Alimentam desejo de “glória”:  

  • É comum o narcisista desejar que sua igreja seja considerada a maior, a melhor e a mais influente, em razão da glória que lhe traz como líder. 

Reagem às críticas com hostilidade: 

  • Uma vez que a autoimagem do narcisista e a reputação da igreja são entrelaçadas de modo tão próximo, a raiva é uma reação comum a críticas, quer essas críticas realmente sejam expressadas, quer o pastor apenas se sinta criticado.  

Fonte: McKnight, Scot. Uma igreja chamada tov: a formação de uma cultura de bondade que resiste a abusos de poder e promove cura /1. ed. – São Paulo: Mundo Cristão, 2022. Págs.: 37 a 43. Compilação adaptada para o Blogue MC. 

O que fazer para lidar de modo eficaz com lideranças narcisistas e proteger a si e a outros de sua toxicidade? 

Sugestões para um discipulado autêntico:

O que fazer para lidar de modo eficaz com lideranças narcisistas e proteger a si e a outros de sua toxicidade? 

Em Uma igreja chamada tov, Scot e Laura se propuseram a oferecer esperança a quem se vê desiludido com incoerências entre os irmãos na fé e aqueles que não deixaram de acreditar no papel transformador da igreja. 

Partindo do termo hebraico tov, que significa “bom”, o livro promove uma cultura baseada na bondade. Nela se destacam sete características de uma igreja saudável: a empatia, a graça, a priorização das pessoas, a veracidade, a justiça, o serviço e a semelhança com Cristo. 

Indicado para pastores, líderes eclesiásticos e para todo cristão, o livro não apenas analisa casos de comunidades que sucumbiram à toxicidade, mas aponta para a tomada de atitudes assertivas que resistem aos efeitos nocivos de culturas institucionais decadentes e anticristãs.Para que você conheça mais detalhes da publicação, disponibilizamos um breve trecho degustação que pode ser acessado gratuitamente através da página de sinopse da obra. Basta clicar no link abaixo e descer até o campo “clique para ler um trecho”.

Quero conhecer mais detalhes do livro 

Uma igreja chamada tov.

A obra está disponível nas principais livrarias e plataformas virtuais, nos formatos impresso e digital. 

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