Compilação de crônicas publicadas no jornal português Observador propõe instigantes reflexões à igreja e à sociedade, na defesa de uma visão cristã de mundo que não pode ser negociado em meio à tendência relativizante de nossos dias
Nos últimos anos, Tiago Cavaco credenciou-se como voz evangélica no diálogo com a sociedade portuguesa, dividida entre a tradição católica e a intelligentsia secular. Nesse caldo cultural complexo, ele propõe caminhos para que os evangélicos, seja em Portugal, seja no Brasil, enfrentem com ousadia os desafios próprios de nosso tempo.
Seu novo livro, Férias de fornicação e outras murmurações de um moralista, reúne artigos escritos originalmente para o jornal português Observador. Com sua habitual verve provocativa e raciocínio sagaz, Cavaco explora temas como moralidade, religião, política e tecnologia, tudo com sua já conhecida habilidade de conectá-los à fé cristã.
A partir de uma prosa rebelde e desconcertante porque feita contra a falsa rebeldia e a falsa originalidade — assim define o prefaciador da obra, João Pereira Coutinho, escritor, cronista e cientista político —, os cinquenta artigos aqui compilados analisam contradições e tensões em diferentes âmbitos da vida contemporânea. Tiago expõe sua visão cristã de mundo de modo confrontador e sem apologias, o que tem despertado a admiração de leitores e veículos da imprensa religiosa e não religiosa.
Divididos em seis seções temáticas, os artigos do livropropõem instigantes reflexões à igreja e à sociedade, na defesa de valores que não podem ser negociados em meio à tendência relativizante de nossos dias.
[OLHO] “Os textos de Tiago Cavaco, para além da elegância estilística, têm uma elegância elegíaca: eles celebram o que o espírito do tempo foi enxotando da nossa praça. Se um conservador, na inesquecível definição de William F. Buckley, é aquele que habita a história para ordenar um ‘stop!’ de vez em quando, o Tiago é um dos nossos maiores conservadores. Ele sabe que existe algo de perverso no ‘destino sempre heroico de progredir’, até porque esse destino (e esse progresso) cria estranhas metástases.”
João Pereira Coutinho, escritor, cronista e cientista político
Nas palavras do autor:
“Sinceramente, parece-me equilibrado que um pastor evangélico, ao escrever de um modo moralista e murmurador na imprensa secular, não importune apenas os pecadores. Creio mesmo que a nossa maior proximidade ao Apocalipse se nota não porque os maus são cada vez piores, mas porque os maus se sentem cada vez melhores. Num mundo em que quem rejeita Deus se sente mais santo do que ele, talvez murmurar seja a única moral possível.”
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