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O que fazer quando uma liderança cristã é o centro de um escândalo?

Se você está desanimado e pensando em deixar a igreja porque um líder o desapontou, leia este artigo

O que fazer quando uma liderança cristã é o centro de um escândalo? O que pensar quando um pastor ou uma pastora de prestígio é pego (a) em ato totalmente contrário aos princípios bíblicos? Como agir quando o desapontamento e o desânimo causados por esse tipo de situação minam a fé, geram desconfiança e o levam a ponderar se realmente vale a pena ir à igreja? Se você se sente desmotivado, enganado ou traído em decorrência do mau exemplo de alguma liderança, pondere as palavras abaixo:

O ser humano é sujeito a falhas; Deus não!

“Apenas Deus é verdadeiramente bom” (Lc 18.19).

Por mais fervoroso um cristão seja, por mais elevada posição ocupe na estrutura eclesiástica, jamais deixará de estar sujeito a quedas. Todos devem prestar atenção ao próprio caminhar. Aquele que pensa que está de pé deve cuidar para não cair (1Co 10.12). Se alçamos uma personalidade à posição de “infalível”, abrimos espaço para possíveis frustrações. Entender que somente Deus é perfeito certamente ajudará a ver o contexto com outra perspectiva: a da realidade.

Tal pessoa é vítima da própria falta de sabedoria

“Quem ouve minhas palavras e as pratica é tão sábio como a pessoa que constrói sua casa sobre uma rocha firme. […] Mas quem ouve meu ensino e não o pratica é tão tolo como a pessoa que constrói sua casa sobre a areia” (Mt 7.24,26).

Um líder cristão sabe o que a Bíblia diz sobre pecado. Sabe que só é amigo de Cristo aquele que obedece à Palavra (Jo 15.14) e que Deus condena toda e qualquer desonestidade, impureza e malignidade.

Se um líder errou, precisará de arrependimento diante de Deus. Terá de arcar com todas as consequências jurídicas de seus atos e buscar formas de compensar as possíveis vítimas.

Dar passos para longe da boa, perfeita e agradável vontade do Senhor é tolice. Cada pessoa é responsável pelos próprios atos: se são maus, são reprovados por Deus. Não podemos confundir o líder com o Deus Altíssimo. A desobediência é coisa do ser humano. Deus é santo e é o mesmo ontem, hoje e sempre. Ele odeia o pecado.  

“Há seis coisas que o Senhor odeia, ou melhor, sete coisas que ele considera detestáveis: olhos arrogantes, língua mentirosa, mãos que matam o inocente, coração que trama a maldade, pés que se apressam em fazer o mal, testemunha falsa que diz mentiras, e aquele que semeia desentendimento entre irmãos.”

Pv 6.16-19

As verdades bíblicas pregadas não deixam de ser genuínas

“Sejam as motivações deles falsas, sejam verdadeiras, a mensagem a respeito de Cristo está sendo anunciada […]” (Fp 1.18).

Quando um escândalo envolve uma personalidade cristã, é natural ter a propensão de desacreditar tudo o que falou, inclusive o que era verdadeiro. Nessas situações, tendemos a descartar o que ensinou, ainda que o conteúdo, na ocasião, tenha sido genuinamente bíblico.

Uma verdade bíblica não deixa de sê-lo se as atitudes do mensageiro agora não condizem com o que ele falou. Nesse sentido, não descarte as boas lições que tal pessoa compartilhou no passado. A Palavra de Deus continua sendo a mesma: digna de confiança e inerrante. Se foi pregada de modo teologicamente correto, não há razão para descartá-la.  

É fundamental orar por justiça, perdão e restauração

“Deixem toda a sua rebeldia para trás e busquem um coração novo e um espírito novo. Por que morrer, ó povo de Israel? Não é meu desejo que morram, diz o Senhor Soberano. Arrependam-se e vivam!” (Ez 18.31-32).

Se os maus atos de um líder prejudicaram alguém ou uma instituição, se cometeu ação criminosa, deve ser denunciado e arcar com as consequências de suas ações. No entanto, não podemos nos esquecer de que todo ser humano pode ser perdoado por Deus, ainda que tenha de pagar diante das instâncias jurídicas competentes.

Deus deseja que todos sejam salvos e conheçam a verdade (1Tm 2.4). Está pronto a perdoar o pecador arrependido (Lc 5.32) e se alegra com a ovelha que volta ao rebanho (Mt 18.13). Ele é o Pai que recebe o filho pródigo e lhe dá nova chance (Lc 15.11-32). Sabendo disso, é fundamental nutrir uma atitude de oração, clamando para que os danos sejam reparados e o líder em questão reencontre o caminho para os braços de Deus.

Espalhar boatos é a pior coisa que você pode fazer

“[O amor] Não se alegra com a injustiça, mas sim com a verdade” (1Co 13.6).

É triste notar, mas, infelizmente, muitas pessoas parecem se alegrar (e lucrar) com boatos. Muitos se entusiasmam para espalhar a última fofoca: “quão terrível é o pecado do ‘irmão que caiu’”. Dessa forma, promovem desserviço ao reino de Deus, fomentam desconfianças e falácias. Quem age assim deve examinar o coração para verificar se seu afã de espalhar a última notícia não está envolto numa motivação pecaminosa e cruel.

Ao saber de um escândalo — principalmente se ainda está no âmbito da acusação e não se sabe a totalidade dos acontecimentos — não se aprece a divulgar o que não está comprovado. “Falar sem antes ouvir os fatos é vergonhoso e insensato” (Pv 18.13).

Caso seja verdade, verifique se realmente vale a pena propagar o vexame de tal pessoa. Outro ponto a considerar é se o seu interlocutor tem maturidade suficiente para digerir a informação. Não seja motivo do desvio de um irmão ou irmã novo (a) na fé.

“Pois o fruto da luz produz apenas o que é bom, justo e verdadeiro.

Procurem descobrir o que agrada ao Senhor.”

Ef 5.9-10

Generalizar não é o melhor raciocínio

“[…] Cristo amou a igreja. Ele entregou a vida por ela, a fim de torná-la santa, purificando-a ao lavá-la com água por meio da palavra. Assim o fez para apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha, ruga ou qualquer outro defeito, mas santa e sem culpa” (Ef 5.25-27).

Não generalize. O mau testemunho de um líder não o torna representante de todos os outros. Existem homens e mulheres de Deus idôneos, que vivem de modo cristalino e são vocacionados para a liderança na igreja de Cristo. Nem todo pastor é “ladrão”, nem todo político é corrupto. Tome cuidado com jargões. 

Se um líder que você admira pecou, veja o caso como uma situação pontual: ele errou, não a totalidade dos líderes da igreja de Cristo. Não transfira a responsabilidade desse indivíduo a outros. Caso o escândalo tenha sido na comunidade que você frequenta, mantenha a calma, peça discernimento a Deus, busque conselho de alguém capacitado e pondere qual passo dar. Pode ser que não veja sentido em continuar na mesma congregação. Se assim for, conte com a ajuda do Espírito Santo para direcioná-lo (a), peça-lhe entendimento e paz para lidar com a situação sem desanimar na caminhada da fé.   

Apegar-se a Deus, viver em comunhão com o Pai, estudar a Palavra, obedecer-lhe…

“Meu povo está sendo destruído porque não me conhece” (Os 4.6).

Firme suas bases em Deus, passe tempo com ele, medite nas Escrituras, seja um cristão genuíno. Quando você conhece a Deus e está alicerçado na Palavra, tem melhor entendimento da falibilidade humana. A vida de oração lhe dará forças para enfrentar o abatimento e a frustração causados por possíveis escândalos no âmbito da liderança eclesiástica.

Ao obedecer a Deus por meio da Palavra, verá que a melhor forma de viver é agradando ao Senhor em tudo o que pensa e faz; que somente nele há plenitude e que não há esperança mais sublime do que aguardar o dia em que o verá face a face. Sim, somente quem pratica a Palavra verdadeiramente ouvirá o mais maravilhoso convite: “Venham, vocês que são abençoados por meu Pai. Recebam como herança o reino que ele lhes preparou desde a criação do mundo” (Mt 25.34).

Mantenha os olhos em Jesus. Ele nunca o/a desapontará!

*Versículos bíblicos extraídos da Bíblia NVT (Nova Versão Transformadora).

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