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Por que devo crer na Bíblia?

Deixe que Augustus Nicodemus lhe explique em trecho de “Cristianismo descomplicado”

Por Augustus Nicodemus em Cristianismo descomplicado

Não é incomum encontrarmos pessoas que alegam que a Bíblia é um livro escrito por homens e, portanto, cheia de erros e contradições. Como, afinal, podemos saber que a Bíblia é a verdade acima de qualquer suspeita?

Logo de saída, precisamos definir o que chamamos de Bíblia, pois existem diferentes “bíblias” disponíveis no mercado. 

Nós, protestantes,

chamamos de Bíblia a coleção de 39 livros sagrados dos judeus que compõem o Antigo Testamento, escritos em hebraico, alguns com partes em aramaico; mais o que chamamos de Novo Testamento, composto por 27 livros, escritos em grego e reconhecidos pelos cristãos como escritura sagrada tanto quanto os livros do Antigo Testamento.

As alternativas são bíblias como as católicas romana e ortodoxa. As Católicas contêm mais livros que a protestante, chamados de “deuterocanônicos”, “pseudoepígrafos” ou “apócrifos”.

A diferença de tradução é quase nenhuma. Além disso, existem a bíblia utilizada pela Igreja Ortodoxa Grega, que contém livros ausentes nas demais — como III Macabeus, Oração de Manassés e Salmos de Salomão —, e a dos Testemunhas de Jeová, que modifica textos como João 1.1, ao dizer que a Palavra “era um deus”, para negar a divindade de Cristo.

Uma vez esclarecido o que é a Bíblia,

surge a pergunta: como podemos saber se ela é de fato a verdade? Há muitos argumentos, e vou expor alguns deles a seguir.

A Bíblia dá testemunho de si mesma. Se alguém quer saber se ela é verdadeira ou não, precisa conhecê-la. Muita gente diz “a Bíblia está cheia de erros”; “não creio que seja a Palavra de Deus”; e “no papel cabe tudo”, mas nunca se deu ao trabalho de tomar uma Bíblia e lê-la.

É importante tirar um tempo para ler o Antigo Testamento; o Novo Testamento; os evangelhos; as cartas do apóstolo Paulo; o livro de Atos; os salmos. Tenho certeza de que muitos mudarão de opinião sobre a Bíblia se vierem a lê-la.

O que não é admissível é alguém dizer que a Bíblia está cheia de erros sem nunca a ter lido. A Bíblia está disponível em qualquer livraria; até mesmo nos hotéis é possível encontrar exemplares gratuitos do Novo Testamento. Portanto, a Bíblia está acessível a todo mundo, em diferentes linguagens e traduções.

Quando você ler o texto bíblico, perceberá que a Bíblia dá testemunho de si própria. Creio na Bíblia porque a li e conheço o poder dela em minha vida.

 “O que não é admissível é alguém dizer que a Bíblia está cheia de erros sem nunca a ter lido.”

O que me encoraja e suporta a minha fé no fato de que a Bíblia é a Palavra de Deus são algumas evidências, como os manuscritos. Só do Novo Testamento existem cerca de 5.700 manuscritos gregos, além de mais de nove mil manuscritos em outras línguas, como siríaco, copta e latim.

Recentemente, fizeram uma descoberta que provavelmente nos dará manuscritos de meados do primeiro século da era cristã. Logo, não existe nenhum outro livro milenar com tamanha comprovação arqueológica da sua composição.

Os manuscritos do Mar Morto contêm livros do Antigo Testamento que ficaram preservados do contato humano por quase dois milênios e, ao comparar o conteúdo de tais pergaminhos com os textos que estão na Bíblia, hoje, temos certeza científica e arqueológica de que seu conteúdo não foi alterado. Você não encontra essa comprovação manuscritológica em nenhum outro livro considerado sagrado.

Ao se ler a Bíblia do começo ao fim,

é fácil perceber que ela tem uma mensagem única, muito embora seja composta por 66 unidades que estão interligadas e que foram produzidas por pessoas diferentes, em culturas distintas, em épocas diversas, atendendo a situações peculiares.

Todavia, a mensagem é uma só: existe um Deus, criador dos céus e da terra, que é Pai e Senhor, se manifestou e se revelou na história, e nos visitou na pessoa do Filho, Jesus. Cristo foi morto por nós na cruz, ressuscitou ao terceiro dia e subiu aos céus, onde reina, aguardando o momento de seu retorno ao mundo.

Por isso,

Deus nos convida a nos arrependermos de nossos pecados e crermos nele. Precisamos sujeitar-nos a ele para que tenhamos a vida eterna. De Gênesis a Apocalipse essa é a mensagem da Bíblia, apresentada em um relato concatenado, apesar de ter sido escrita em um período de tempo considerável.

Outra questão que me convence da autoridade da Bíblia é seu conteúdo. Quando você a ler, verá que ela rebaixa — no melhor sentido — o ser humano, ao quebrar seu orgulho, dizer a verdade sobre a humanidade e exaltar Deus, sua graça e misericórdia.

É interessante pensar que uma pessoa que desejasse escrever um livro de religião para enganar as pessoas não diria “você é um pecador condenado e irá para o inferno; portanto, arrependa-se e mude de vida”.

Essa não é uma mensagem muito popular,

pois tenderia a espantar as pessoas. Se eu quisesse redigir um livro para enganar os outros, seu texto diria algo como “você é uma pessoa maravilhosa”, “as respostas estão dentro de você”, “você encontrará forças dentro de si”, “você é especial” e outras afirmações bajulatórias que tornassem a mensagem charmosa e atraente.

É fácil perceber que os falsos profetas tendem a elogiar as pessoas para se promover. Há muitos livros com essa proposta, como obras de autoajuda que exaltam os seres humanos.

A Bíblia, ao contrário,

diz a verdade sobre nós: somos pecadores perdidos e desesperadamente carentes da graça de Deus. E autoajuda é algo que a Bíblia não é de forma alguma; ela realmente diz a incômoda verdade a nosso respeito.

Outro ponto que fundamenta a veracidade da Bíblia são as profecias que ela registra. Há predições escritas séculos anos antes de Cristo nascer que se cumpriram cabalmente, o que não tem explicação humana, como a cidade em que Jesus nasceria, o fato de que ele seria perseguido após seu nascimento, o nome que adotaria, o fato de que seria chamado de nazareno, as perseguições que ele haveria de sofrer, a sua morte na cruz e tantas outras.

O profeta Isaías,

por exemplo, descreveu 600 anos antes de Cristo, como seria a morte de Jesus, no capítulo 53 de seu livro. Se lermos o relato profético, temos a sensação de que ele está vendo presencialmente a crucificação do Senhor, pois o evento está registrado em detalhes, embora só fosse ocorrer seis séculos depois.

O texto diz, por exemplo, que Cristo seria crucificado e ferido com uma lança, que lhe dariam vinagre e fel na hora de sua morte, que ele ressuscitaria. Tudo isso a Bíblia menciona e de fato aconteceu.

Não podemos deixar de mencionar a mudança de vidas por meio da leitura da Bíblia. Ao longo dos séculos, a Bíblia tem transformado, literalmente, bilhões de pessoas, além de

Influenciar civilizações inteiras.

Poucas pessoas sabem que os direitos civis fundamentais, como a liberdade de expressão, religião e crença têm origem na Bíblia, na visão que esta nos dá de que somos criados à imagem e semelhança de Deus, um ser amoroso e gracioso que se comunica e nos criou para sua glória.

Ao se compararem os efeitos da Bíblia na civilização ocidental cristã, que zela por essas liberdades, com outras culturas que foram erigidas em cima dos ensinamentos de outros livros religiosos — que ensinam a opressão, a violência e a propagação da fé pela espada —, tem-se a resposta de qual livro, de fato, é a Palavra de Deus.

Quer saber se a Bíblia é a verdade? Adquira uma e leia. Você saberá por si mesmo. 

Fique por dentro!

O artigo que você acabou de ler é um trecho do livro Cristianismo descomplicado – Questões difíceis da vida cristã de um jeito fácil de entender. Nele, Augustus Nicodemus coloca um ponto final naquelas dúvidas que dão um nó nos neurônios de muitos cristãos em assuntos relacionados à fé. Em poucas palavras, mas com riqueza teológica, ele esclarece temas difíceis e oferece uma resposta bíblica e contundente a diversas questões polêmicas de nossa época. Tópicos como ideologia de gênero, sofrimento, divórcio e novo casamento, submissão feminina, sexualidade sadia, possessão demoníaca, suicídio e muitos outros são abordados com uma linguagem fácil de entender e com profundo senso pastoral. Outros livros do autor:Polêmicas na IgrejaO que estão fazendo com a IgrejaO ateísmo cristão e outras ameaças à igrejaCristianismo simplificado

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