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Desanimado com a igreja e sem vontade de ir aos cultos presenciais

Uma série de reflexões para quem deseja recuperar a alegria de ir à casa do Senhor

Você está desanimado com a igreja e sem vontade de ir aos cultos presenciais, mas não se sente bem com a situação. Pelo contrário, algo em seu interior o incomoda, pois gostaria, sim, de voltar à casa do Senhor com alegria — aquela de outrora, quando você contava os dias para os cultos dominicais e as demais atividades com os irmãos. O fato é que, lá em seu íntimo, a igreja já não lhe parece tão convidativa. Você se entristece por isso, pois ela sempre foi algo importante em sua vida.

Se você se identifica com esse quadro, reflita assertivamente — sem maquiagens ou meias-palavras — acerca do que gerou esse estado em você: O que aconteceu que despertou esse desânimo? A partir de qual momento você começou a se sentir assim?

As respostas podem ser as mais variadas:

  • Alguém o decepcionou;
  • Uma confusão o chocou;
  • Uma fofoca o afastou;
  • Você se desviou, deixou-se atrair pelo pecado, sente-se indigno e com vergonha de estar na casa de Deus;
  • Sente-se cansado dos afazeres do dia a dia e prefere acompanhar as ministrações desde casa;
  • Gosta do contexto dos cultos on-line, pois economiza tempo, roupa e condução entre o ir e vir da igreja;
  • Simplesmente “não quer”, pelo menos por agora, porque, na realidade, pensa em mudar de congregação ou denominação.

Identificar honestamente a causa de seu abatimento é um passo essencial para empreender uma jornada de cura.

O que a Bíblia diz

A Bíblia o orienta a estar em comunhão com outros irmãos na fé; a não deixar de congregar ou reunir-se como igreja.  

O autor da Carta aos Hebreus orientou os irmãos com as seguintes palavras: “Pensemos em como motivar uns aos outros na prática do amor e das boas obras. E não deixemos de nos reunir, como fazem alguns, mas encorajemo-nos mutuamente, sobretudo agora que o dia está próximo” (Hb 10.24-25).

Acerca do trecho acima, a Bíblia de Estudo NVT esclarece: “alguns cristãos da comunidade em questão haviam começado a deixar de se reunir com seus irmãos no culto regular, talvez para evitar perseguição (Hb 10-32-39). A motivação mútua ao amor e às boas-obras deveria ser feita sob a perspectiva de que o dia — a segunda vinda de Cristo — está próximo” […].

O lugar em que você deve estar

Por que você deve reunir-se com outros irmãos na fé? — aqui, sinalizamos o contexto da igreja local, já que é o âmbito mais comum para presenciar cultos regulares.

Porque reunir-se com outros irmãos na fé não apenas o motivará a amar – inclusive aqueles que desagradam a você—, mas o estimulará a frutificar, por meio de boas-obras. A igreja é o lugar em que Deus atua de modo especial, fortalece seu povo e aprimora cada crente. Por meio da igreja, Deus se revela ao mundo.

Em um tempo como o nosso, a igreja precisa estar reunida e unida, para edificar-se e fortalecer-se mutuamente, pois os dias são maus. É nesse contexto que você precisa estar atento para não ficar “morno” nem deixar-se abater pelo mau exemplo de um, pela doutrina estranha de outro, pelo pecado que o assedia ou pela apatia. Se percebe que seu abatimento é profundo, em um nível que não consegue lidar sozinho, busque ajuda, compartilhe com alguém, não se isole.

A jornada da fé é percorrida com perseverança, esforço, constância, paciência, inteligência, obediência e atitude. A partir do momento em que você reconhece a importância de estar na casa do Senhor — e é claro, num contexto em que não haja risco para você, como o foi no entorno da pandemia — seja resolutivo, decida-se a não deixar que nada ofusque, neutralize ou roube sua fé, seu fervor e seu compromisso com Deus e a igreja. Independentemente do que gerou esse desânimo, há algo que você pode fazer para superar e seguir adiante, olhando para Jesus.

Livros que indicamos para você:

A igreja desviada

Um chamado urgente para uma nova reforma

Charles Swindoll

Considerando as leis da física e os sentidos humanos, quanto mais longe estamos de um objeto, mais dificuldades teremos em enxergá-lo com nitidez e clareza de detalhes. Quanto mais distantes ficamos de um rádio ligado, mais dificuldades teremos em ouvir e compreender o som que sai de seus alto-falantes.

A mesma lógica é válida para o nosso relacionamento com Deus: se estamos longe dele, não oramos, não lemos a Bíblia, não frequentamos alguma igreja, não vivemos em comunhão com outros cristãos, mais difícil será obter as respostas para nossas inquietudes. Mais míopes e surdos seremos para compreender seu plano, sua vontade para nós.

Em A igreja desviada, Charles Swindoll apresenta para o debate os desafios que a igreja cristã enfrenta nos dias atuais, ameaçada pelo secularismo e humanismo desenfreados, que a afasta da verdade pura e simples do evangelho de Cristo. A igreja desviada é um alerta contundente e definitivo para todo aquele que ama o Senhor e reconhece a igreja de Cristo como sinal visível do reino de Deus.

Até que sejamos um

Francis Chan

Até que sejamos um é um clamor pela unidade no Corpo de Cristo. Na obra, Francis Chan aponta como o povo de Deus falha quando se mostra ao mundo como família desunida, hostil entre si. Sinaliza ainda o enfraquecimento da igreja ao ter de lidar com as próprias incoerências em detrimento de manter o foco na adoração a Deus e no amor aos irmãos.

Comprometido com a transformação do leitor, Francis Chan não se restringe a elucidar apenas os problemas que afetam a igreja cristã na atualidade. Pelo contrário, traz uma mensagem de esperança, que visa à cura e à implementação de soluções, proporcionando um roteiro de lições práticas para que os cristãos — e a igreja — aprofundem a comunhão com Deus, sejam coerentes com a mensagem que pregam e comuniquem, com graça e verdade, o amor do Salvador.

Cartas à igreja

Francis Chan

Em Cartas à igreja Francis Chan desafia o leitor a avaliar a organização atual e a relevância (ou irrelevância) da igreja para o mundo em que vivemos. E, mais importante, quão próxima ou distante ela está do que as Escrituras apontam como o seu propósito, que é sinalizar o reino de Deus.

Francis Chan conta sua experiência como plantador de igrejas e o que aprendeu com os erros e com os acertos, numa avaliação honesta e não menos crítica dos descaminhos trilhados por comunidades cristãs ao redor do planeta. Mais do que mero desabafo, Cartas à igreja apresenta instruções valiosas para congregações que não só querem compreender seu papel bíblico mas também anseiam por inspirar vitalidade, compromisso e significado.

Igreja revitalizada

Por uma missão verdadeiramente transformadora (Curadoria Sementes)

Leandro Silva

Igreja revitalizada propõe o resgate da biblicidade, da apostolicidade e da missionalidade da igreja local, no propósito de encarnar sua tarefa como agência do reino de Deus na terra. Conforme elucida, no que se refere ao real desenvolvimento de uma igreja, é preciso considerar aspectos mais profundos, como maturidade, missão e impacto no mundo.

Por meio da obra, Leandro Silva, autoridade na mobilização, formação de redes e treinamento de igrejas, convida o leitor a revisitar referenciais bíblicos e teológicos e a analisar estudos de caso, no intuito de incentivar cristãos leigos, pastores e líderes a serem agentes de real impacto em suas comunidades e no serviço ao reino.

Perdão total na Igreja

Um livro para quem foi ferido por quem deveria acolher

Maurício Zágari

Em Perdão total na igreja, Maurício Zágari aborda com profunda honestidade e gentileza a questão do sofrimento que é causado dentro da igreja e pela igreja. Com talento criativo e faro jornalístico, o autor traz à tona uma série de histórias reais que exemplificam os dramas vividos por muitos cristãos dentro dos ambientes eclesiásticos. Ao trazer à tona essa triste realidade, Maurício aponta um caminho de cura, restauração e paz, oferecendo o bálsamo que as Escrituras apresentam para quem deseja superar a mágoa, o ressentimento e a decepção: o perdão que não só é possível mas acessível para um coração sincero diante de Deus.

Uma igreja chamada tov

A formação de uma cultura de bondade que resiste a abusos de poder e promove cura

Scot Mcknight e Laura Barringer

Partindo do termo hebraico tov, que significa “bom”, o livro promove uma cultura baseada na bondade. Nela se destacam sete características de uma igreja saudável: a empatia, a graça, a priorização das pessoas, a veracidade, a justiça, o serviço e a semelhança com Cristo.

Diferentemente de abordagens fundamentadas na polêmica e no denuncismo, Uma igreja chamada tov trata-se de um autoexame, num convite à essência, à obediência e à defesa do que é correto e verdadeiro.

Indicado para pastores, líderes eclesiásticos e para todo cristão, o livro não apenas analisa casos de comunidades que sucumbiram à toxicidade, mas aponta para a tomada de atitudes que resistem aos efeitos nocivos de culturas institucionais decadentes e anticristãs.

Outros artigos da série Desanimado com a igreja:

Desanimado com a igreja e decepcionado com Deus

Desanimado com a igreja por causa das polarizações políticas

Desanimado com a igreja e desiludido com os “irmãos”

1 Comentário

  • Lili
    Posted 17/04/2024 at 23:09

    Agradeço pelo texto é assim que eu me sinto na maioria das vezes

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