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Gutierres Fernandes, jornalista e teólogo brasileiro, lança livro sobre o fenômeno evangélico e sua relevância para a democracia brasileira

Em “Quem tem medo dos evangélicos?”, Fernandes investiga o DNA da alma nacional e instiga o leitor, evangélico ou não, a enxergar, sem preconceitos e generalizações, os diversos matizes do movimento que mais cresceu no Brasil nas últimas décadas

O crescimento exponencial do movimento evangélico no Brasil tem chamado atenção da grande imprensa e da academia. Por anos, as menções aos evangélicos seguiram estereótipos que nitidamente não davam conta de retratar com fidelidade um segmento tão diverso.

O alinhamento político de pastores midiáticos e episódios controversos envolvendo políticos evangélicos reforçaram o preconceito contra todo um segmento. Além disso, estimativas de que a população evangélica se torne maioria no Brasil vêm gerando debates acalorados. O que se pode esperar do Brasil, caso os evangélicos venham a se tornar o grupo religioso majoritário?

Quem tem medo dos evangélicos?

Em Quem tem medo dos evangélicos: Religião e democracia no Brasil de hoje, Gutierres Fernandes Siqueira, jornalista e teólogo, desmitifica percepções errôneas sobre a comunidade evangélica, oferecendo exemplos históricos e fatos recentes que contextualizam a presença dos evangélicos na sociedade brasileira. Longe de manifestar uma postura acrítica em relação à igreja, Gutierres defende o direito de participação do segmento na vida da nação, com seus ônus e bônus.

A partir de uma análise social — às vezes elogiosa, às vezes crítica — sobre o fenômeno dos evangélicos e sua relevância para a democracia brasileira, Quem tem medo dos evangélicos? propõe o debate sobre um tema difícil, mas imprescindível, para a compreensão acerca do universo complexo da religiosidade no Brasil. Ensaístico, mas com amplo lastro teórico, investiga o DNA da alma nacional e instiga o leitor, evangélico ou não, a enxergar, sem preconceitos e generalizações rasas, os diversos matizes que configuram o movimento religioso que mais cresceu no Brasil nas últimas décadas.

“Os evangélicos não são nem anjos nem demônios. Sim, apenas quem nega a realidade pode deixar de observar que existe hoje no Brasil um projeto de poder religioso autoritário, mas, como convido o leitor a pensar, o autoritarismo do evangelicalismo brasileiro é parte da nação que construímos. Se desejamos um país mais democrático, devemos olhar para o espelho da alma nacional; a busca de um bode expiatório não é o caminho mais inteligente”, comenta o autor.

Um ensaio esclarecedor

Quem tem medo dos evangélicos? pode e deve ser lido tanto pelo público evangélico

como pelo público não evangélico. Por meio da obra, os evangélicos entenderão as implicações políticas e sociológicas de sua manifestação de fé e lerão uma reflexão bíblico-teológica sobre o papel público dos evangélicos, enquanto os não evangélicos terão a oportunidade de conhecer o mundo evangélico e como esse mundo funciona.

Lúcido, com argumentação acessível e fruto de cuidadosa pesquisa — qualidades do labor jornalístico — Quem tem medo dos evangélicos? se configura como uma ferramenta de conhecimento atualíssima e indispensável para quem deseja compreender com mais profundidade e critério pautas urgentes de nossa sociedade.

Nas palavras do autor

“Eis o paradoxo: o evangélico é alguém que está próximo e distante ao mesmo tempo. É aquele típico fenômeno de que todos já ouviram falar e do qual todos possuem uma opinião, mas sobre o qual ninguém entende exatamente do que está falando. Hoje todos conhecem evangélicos na política e até alguns pastores midiáticos, mas apesar da crescente presença evangélica no noticiário o movimento evangélico é um gigante desconhecido pelo simples fato de que a maioria esmagadora dos evangélicos é pobre.

“Essa desconexão entre a elite cultural e os evangélicos encontra uma explicação clara na desigualdade social. O fenômeno do ‘distante e próximo ao mesmo tempo’ não nasceu com os evangélicos; antes, é parte da constituição das relações de poder econômico do Brasil. O rico brasileiro está próximo do pobre apenas quando necessita de prestadores de serviço (empregada doméstica, atendente, porteiro, segurança, motoboy etc.), mas ambos habitam universos completamente distintos.

“A desigualdade é tão grande que já ouvi de um estrangeiro europeu que os ricos do Brasil são mais luxuosos que os ricos da Europa, enquanto os pobres brasileiros são mais miseráveis que os pobres europeus. O abismo que separa o mundo dos ricos e dos pobres é também religioso.

“É impossível falar da ignorância da elite cultural e econômica brasileira a respeito dos evangélicos sem pensar um pouco sobre a desigualdade brasileira — que é gigante e imoral. Certa dose de preconceito contra os evangélicos é preconceito de classe. Os evangélicos são vistos ou como pobres coitados manipulados pelos terríveis televangelistas ou como um bando de perigosos fundamentalistas fanáticos que deveriam ser objeto de censura”.

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