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Você deixa Deus assumir o controle de sua vida?

Não tente conduzir tudo sozinho, mas conte com a habilidade de um pai amoroso que tem o mundo em suas mãos!

Por Sharon Jaynes em Surpreendida pela glória

Ao longo de vários anos, meu marido e eu viajamos muitas vezes para SeaIsland, no estado da Geórgia, para contemplar a arte no movimento gracioso dos casais maduros na pista de dança ao som de uma big band. Passos sincronizados, vestidos esvoaçantes e pares elegantes movendo-se sobre a pista num caleidoscópio de cores. O simples fato de observá-los provocou em mim o desejo de aprender a fazer o mesmo.

Assim, Steve e eu nos matriculamos num curso de seis semanas de dança de salão num estúdio local. “Steve e Sharon”, a professora começou a dizer, “a primeira dança que aprenderemos será o foxtrote“. Steve, estique seu braço esquerdo. Agora, coloque a mão direita no ombro esquerdo de sua mulher. Segure-o com firmeza. Ela precisa sentir esse toque”. Em seguida, ela virou-se para mim. “Sharon, pouse suavemente a mão esquerda no ombro direito de seu marido e segure a mão esquerda dele com sua mão direita. Mantenha as costas eretas. Esticadas. Isso se chama sua estrutura”.

Até aí, tudo bem.

Depois, ela continuou a nos ensinar a fazer pequenos quadrados com os pés, contando um, dois, três, quatro, um, dois, três, quatro. Aquilo não era flutuar na pista de dança como faziamos casais em Sea Island. Não era o que eu tinha em mente.

A professora continuou a ensinar enquanto dávamos passos no lugar. “Steve, a parte mais difícil é a sua porque é você quem vai conduzir a dança. Sharon precisa apenas acompanhar seus movimentos. Se você fizer uma leve pressão nas costas dela, ela saberá que deve movimentar-se para a frente. Se você soltar ligeiramente a mão, ela saberá que deve movimentar-se para trás. Quando você levantar o braço, ela saberá que é hora dedar um rodopio.”

Parece fácil, mas não foi. Mais de uma vez a professora deu-me um tapinha no ombro e disse: “Sharon, você está conduzindo de novo”. O problema era que, quando eu conduzia, Steve não me acompanhava. Imagine a cena. Agora sei que um trem não pode ter duas locomotivas, uma na frente e outra atrás, mas achei que sabia dançar melhor e que as aulas seriam muito mais rápidas se Steve deixasse que eu o conduzisse. Mas minha tendência de assumir o controle só serviu para retardar e frustrar o processo inteiro.

Depois que aprendemos a dominar os pequenos quadrados, chegou a hora da segunda lição. “Muito bem”, a professora prosseguiu, “agora vocês estão prontos para se movimentar ao redor do salão. Será como fazer pequenos quadrados com movimentos mais abertos.”

Aprendemos a dar dois passos para a frente e dois passos para o lado, dois passos para a frente e dois passos para o lado. Na verdade, Steve movimentava-se para a frente, mas eu tinha de movimentar-me para trás, o que me parecia injusto.

“Entendo que nós dois não podemos nos movimentar para afrente, mas por que só eu tenho de me movimentar para trás?”, reclamei. A professora respirou fundo e garantiu-me que aquela era a forma planejada por Deus. (Ela não explicou exatamente assim, mas entendi o que ela quis dizer.)

E, assim, nós três marchamos e contamos: “Lento, lento, rápido, rápido. Lento, lento, rápido, rápido”. Eu parecia mais um carrinho de supermercado sendo empurrado do que uma parceira de dança, deslizando com elegância. Felizmente não havia ninguém observando. Eu queria que dançássemos como Ginger Rogers e Fred Astaire, porém parecíamos mais duas vassouras tentando manter-se em pé. E, durante as seis semanas do curso, a professora continuou a bater-me no ombro e dizer: “Sharon, você está conduzindo de novo”.

Com o tempo, aprendi a confiar na capacidade de Steve de me conduzir. Você entendeu o que quero dizer? Aprendi a confiar nele. Se não tivesse confiado nele, jamais teria seguido suas indicações. Se achasse que poderia fazer melhor, nunca teria seguido seus passos. Mas, quando cedi a seus movimentos, começamos a deslizar na pista. Quando comecei a prestar atenção a seus sinais, eu sabia quando era hora de rodopiar, esticar o braço como uma linha de pescar sendo lançada à água e enrolada de volta como um prêmio conquistado.

Surpreendentemente, quando desisti de assumir o controle e deixei-me ser conduzida por Steve, tudo melhorou. Era eu quem girava, rodopiava, esticava o braço e era apanhada por ele. Steve só precisava permanecer no lugar e acionar a máquina.

E é essa a alegria e a beleza de praticar uma vida de união com Jesus. “Nele vivemos, nos movemos e existimos” passa a ser uma dança graciosa na qual aprendemos simplesmente a seguir a orientação de Jesus. Quando aprendemos a ceder às ternas indicações de Jesus, quando abrimos mão de nossa tendência de assumir o controle, movimentamo-nos como um só ao som da melodia da big band do céu e da coreografia criativa de Deus idealizada exclusivamente para cada uma de nós. Mas há sempre uma escolha.

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Ele é um trecho do livro Surpreendida pela glória – Uma resposta generosa de Deus ao nosso anseio por algo mais, escrito por Sharon Jaynes. Nele, a autora traz uma mensagem de edificação e esperança para todos que desejam ir além de uma religiosidade fria e rotineira e anelam por momentos de profunda comunhão com o Pai.Um emocionante mergulho nas Escrituras, permeado de belos textos ilustrativos, o qual desperta os olhos, a mente e o coração para enxergar a presença, o cuidado e a glória de Deus em meio aos acontecimentos do dia a dia. Para ler a resenha da obra, clique aqui.

Conheça outros livros de Sharon Jaynes pela MC:
Cicatrizes
A mulher dos sonhos de seu marido
Jesus e as mulheres
De bem com você

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